Pintura de Paul Cézanne
A MINHA ELEITA
Aquela que há de ser a minha mulher,
De cabelo castanho vai-me surpreender,
Para eu a beijar dentro no meu castelo
De sonhos, ao poente rubro e amarelo!
Aquela que para a vida vier a escolher
Para realizar todas as minhas esperanças
Além de ser meiga e gentil, ela terá de ter
Olhos grandes e leais como as crianças!
Corpo quente, tal como as suas palavras,
Seios com a curvatura das ondas bravas,
Altos e fortes, como sinto o meu orgulho.
Terá na boca mil beijos a rir para o mundo,
Que nos vai atrair depressa num segundo
Para junto dos cravos sensuais de Julho!
Alfredo Costa Pereira
AO PÉ DO MAR