sábado, 14 de julho de 2018

A MINHA ELEITA


Pintura de Paul Cézanne


A MINHA ELEITA


Aquela que há de ser a minha mulher, 
De cabelo castanho vai-me surpreender, 
Para eu a beijar dentro no meu castelo
De sonhos, ao poente rubro e amarelo!

Aquela que para a vida vier a escolher 
Para realizar todas as minhas esperanças
Além de ser meiga e gentil, ela terá de ter 
Olhos grandes e leais como as crianças!

Corpo quente, tal como as suas palavras, 
Seios com a curvatura das ondas bravas, 
Altos e fortes, como sinto o meu orgulho.

Terá na boca mil beijos a rir para o mundo, 
Que nos vai atrair depressa num segundo 
Para junto dos cravos sensuais de Julho!

Alfredo Costa Pereira
 AO PÉ DO MAR