Vasteza vã escorrendo…
Vasteza vã escorrendo… ó pobres!...
Rosais de flores rubras, tristemente…
Às minhas mãos, desabrochando! Nobres…
Olhares de belas seivas, dolentes!...
Há muito pelos meus dedos, tombando...
Finas pétalas de sangue, preciosas...
Jazem sobre o meu peito em bando;
Por hortos noturnos, choram as rosas…
Vil vastidão que ora sempre deixais?!
Socalcos profundos, repletos ais;
Exaltadas, em mim, odes gigantes!..
Os meus olhos tristes e cansados,
Fulgidos de raros brilhos e fados,
Enxergam a nobreza de diamantes...
Helena Martins