QUIS DAR-TE A LUZ DO SOL
O sol…, sim…, quis dar-te um dia a luz do sol
amar-te, em nobres sonhos, sobre o mar…
Um céu de estrelas tu terás como lençol,
no lago onde as medusas vão noivar.
Querer, é ver-te à luz ténue dum farol,
renascer sobre um oásis e cantar,
roubando a melodia a um rouxinol…
ao raminho onde a saudade vai pousar.
Se a chuva cai as giestas vão florir
nas gotas de água há cristais a sorrir,
às urzes e às penedias, numa estrada.
S’em meus sonhos há fragrâncias duma aurora
eu dou-te o sol dum ocaso, sem demora,
agradecendo esta saudade à madrugada.