sábado, 21 de maio de 2016

SONETO VAGO




Soneto vago


Aos poucos cai a tarde aconchegante
e tudo ganha um tom de nostalgia
enquanto busco em tudo poesia
que a doce paz interna me garante.

Escuto a seu rumor aqui e adiante
na brisa que o arvoredo acaricia
e na palmeira muito alta, esguia,
onde uma arara canta tão galante.

E tudo ganha um tom purpúreo e belo
que aos poucos nestes versos eu pincelo
com tintas da emoção que dentro trago 

Muito me escapa, eu sei. O belo é etéreo,
e guarda, dentro em si, demais mistério
que tudo que escrevi é pouco e vago.