MAR DE MEMÓRIA
Imersa num vasto mar de memória...
Folheio a parcas léguas de distância,
Seladas de rara e exímia fragrância,
Páginas da minha efémera história...
Ouço inocentes risos de criança,
Ecoando para lá do horizonte…
Meus sonhos emergindo na lembrança
Feita água pura esvaída da fonte!...
Ah quantas... quantas ondas deste mar...
Quantas as vagas eternais de amar
Meu ser banhando de saudade e calma?!...
Quão fina e profunda a artéria submersa,
Na lágrima que dentro de mim versa
O poema que escreve a Minh ‘alma!...
© Helena M. Martins