sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

TARDE DE OUTONO




“TARDE DE OUTONO”


Ainda havia carvalhos com folhas multicolor,
Num quadro pintado de um modo encantador!
E a luz saudosa e opalescente acabou por envolver
Em dois beijos, o nosso amor daquele entardecer.

Naquele jardim, sonhamos na amplidão doirada,
Num alheamento languido e profundo do mundo,
Ficando eu sem saber se eras anjo ou uma mulher,
Minha doce querida, meu amor, minha amada …

Embora além o sol descesse em estranha iluminura
Não acontecia que minha alma ficasse fria sequer
Ou até se tornasse a pouco e pouco mais escura;

A tua meiga face aveludada, doce e quente mulher,
Que eu senti a sonhar comigo ao pé de mim,
Parecia a de um anjo que tivesse vindo ao meu jardim!

Alfredo Costa Pereira