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DIZER ADEUS
Aquela sensação que não se explica,
Que nos corrói por dentro o sentimento,
É uma estranha dor, um desalento,
Entre aquele que parte e o que fica…
É transformar o todo num fragmento,
Onde o choroso olhar, triste suplica
E a mão que diz adeus, se multiplica,
Num derradeiro e longo movimento!
Separam-se as memórias de uma vida!
Rasga-se ao meio a folha ressequida,
Pelo terno calor de uma amizade…
Distantes, mas tão perto, tais lembranças,
Pintam de verde os sonhos e esperanças,
Enquanto vão morrendo de saudade!...
J. M. Cabrita Neves