“INCONGRUÊNCIAS”
Eu queria saber o que não sei,
Neste meu evolar de alma poeta,
Desdobrar os sonhos que sonhei,
Florir lautos jardins e ser profeta.
Um mundo bem melhor eu procurei,
Andei a navegar de forma incerta,
As águas turbulentas eu sulquei,
Mas nunca eu cheguei à descoberta.
Minha nau se desfez, perdeu as velas,
E assim todos os sonhos sucumbiram,
E o todo do meu eu se foi com elas.
Não sei o que há mim de incongruente,
Que as rosas dos meus sonhos não floriram,
E só tristeza e mágoa se presente…
Abílio Ferradeira de Brito