sábado, 5 de março de 2016

INCONGRUÊNCIAS




“INCONGRUÊNCIAS”


 Eu queria saber o que não sei,
Neste meu evolar de alma poeta,
Desdobrar os sonhos que sonhei,
Florir lautos jardins e ser profeta. 
 
Um mundo bem melhor eu procurei,
Andei a navegar de forma incerta,
As águas turbulentas eu sulquei,
Mas nunca eu cheguei à descoberta.
 
Minha nau se desfez, perdeu as velas,
E assim todos os sonhos sucumbiram,
E o todo do meu eu se foi com elas.
 
Não sei o que há mim de incongruente,
Que as rosas dos meus sonhos não floriram,
E só tristeza e mágoa se presente…
 
Abílio Ferradeira de Brito