ESTE RIO
Há um rio a correr dentro de mim,
É tão delicioso seu caudal,
Onde as musas se banham, num festim,
De forma tão jocosa e excecional.
Um rio que vai correndo e não tem fim.
Fugindo ao vulgar e sempre igual,
Flutua em cada margem um jardim,
Onde há sempre uma flor tão divinal.
Nas águas cristalinas do meu rio,
É tudo tão claro e transparente,
Há rouxinóis cantando ao desafio.
Há vida e valores ancestrais,
Há paz que se cultiva e se pressente,
Amores tão candentes, divinais.
Abílio Ferradeira de Brito