segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O AMOR NÃO SE APAGA ENQUANTO HOUVER POESIA




“O AMOR NÃO SE APAGA 

ENQUANTO HOUVER POESIA”


A noite vai caindo. O sol, já moribundo,
De frouxa luz o caminho ainda alumia.
E ouvindo da água o soluçar profundo,
Recordo-te, princesa da minha poesia!

Eis-me junto a ti minha paixão eterna,
Como nos tempos de menino e moço,
A descobrir a beleza da névoa fraterna
Que há dentro em ti, como um esboço!

Ao luar dedilha o grilo, (músico dotado)
As cordas do violão noturno lacrimosas;
Enquanto junto a nós, no jardim ao lado,

Estão em pleno amor os cravos e rosas,
Com cores que a pouca luz esbatesse,
Enquanto o beijo entre nós permanece!

© Alfredo Costa Pereira