“O AMOR NÃO SE APAGA
ENQUANTO HOUVER POESIA”
A noite vai caindo. O sol, já moribundo,
De frouxa luz o caminho ainda alumia.
E ouvindo da água o soluçar profundo,
Recordo-te, princesa da minha poesia!
Eis-me junto a ti minha paixão eterna,
Como nos tempos de menino e moço,
A descobrir a beleza da névoa fraterna
Que há dentro em ti, como um esboço!
Ao luar dedilha o grilo, (músico dotado)
As cordas do violão noturno lacrimosas;
Enquanto junto a nós, no jardim ao lado,
Estão em pleno amor os cravos e rosas,
Com cores que a pouca luz esbatesse,
Enquanto o beijo entre nós permanece!
© Alfredo Costa Pereira