Brisa de amor
No fundo do vale gelado contrito,
O ar que deleita sufoca no chão,
Então vem o sol, poderoso, erudito,
A brisa ele forma beijando o costão.
E flui nas encostas na forma de vento,
Enxuga as goteiras da lágrima triste,
Lavando a tristeza e o velho lamento,
E a noite retorna c’a pena enriste.
O sol que se deita no dorso da vida,
E dorme sereno a sonhar c’guarida,
Do beijo da brisa que espera o calor,
Refém da esperança resgata o sorriso,
E o tempo do tempo esperar é preciso,
E assim concretiza o fascínio do amor!
Elair Cabral