segunda-feira, 12 de setembro de 2016

DESTINO IGUAL





Destino igual


Oh! Lua! Como tu sozinha andejo 
pisando nuvens densas de saudade, 
perdida nos porões da imensidade 
da força da paixão e do desejo. 

Sou livre, mas não tenho liberdade 
(sou presa de um amor que é tão sobejo) 
por isso em ti me espelho e em ti me vejo, 
mas não me escutas mesmo que eu te brade. 

E como tu - no espaço teu sidéreo 
envolta em tantos véus d’algum mistério – 
prossigo a caminhar sem ter caminho. 

Nós duas – eu e tu - cumprindo o rito 
de esse andejar tão só pelo infinito 
sem encontrar, do amor, o morno ninho. 

Edir Pina de Barros