domingo, 11 de setembro de 2016

SETE SEGREDOS




SETE SEGREDOS 


Insone, de passagem pelo sonho,
abro o leque dos sete segredos
e solto-os pelos vãos dos dedos
nos versos que sempre componho.

Se não sei agora onde os ponho,
não é somente por serem medos,
mas por causa de certos enredos
aos quais eu sempre me oponho.

Medonho é quedar assim ausente,
doente, a alma cheia de memória:
o passado enroscado no presente.

Ah! É justamente a tua ausência
que me afeta a vida (e a história)
e me põe aos pés desta demência!

Silvia Regina Costa Lima