quarta-feira, 12 de outubro de 2016

SOLIDÃO




Solidão


Entre um olhar e outro já não vejo
a luz de teu sorriso terno e brando...
e nos caminhos onde só eu ando
rumino as ânsias loucas do desejo.

E assim, sem ti, prossigo caminhando
enquanto a minha lira tanjo, arpejo,
a suplicar a dádiva de um beijo
nesse andejar errático, nefando.

Quisera, sim, a luz de teu sorriso,
e o beijo doce e terno que eu preciso
para seguir em paz o meu caminho.

Prossigo no vazio dos teus passos,
sem rumo, sem destino, olhos baços
e aonde vou parar nem adivinho.