BIBLIOTECA
Subo as escadas da biblioteca
Numa avidez de querer chegar ao céu
Na incerteza e lucidez de quem peca
No pecado mortal que em mim apareceu.
Subo com medo! De lá encontrar
Palavras duras, livros velhos e sábios
Romances nossos e corpos por amar
Na sensualidade exótica dos teus lábios.
Subo as escadas com o natural receio
De quem vai ao encontro do desconhecido
A beleza do teu corpo que do nada veio
Para se tornar pecado, desejado apetecido.
Ganho coragem e subo devagar, devagar!
A esse espaço onde está o verbo amar.