quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A LÁGRIMA




A LÁGRIMA

 
Quem dera acender minha vida
numa estrela de variadas pontas,
e como num desses 'faz-de-contas',
eu me sentisse sua amada querida.

Em uma prece já bem conhecida,
no rolar do tato das doces contas,
as minhas mãos escorregam tontas
- em um belo rosário sem medida.

Junto à suave imagem da Santa,
eu murmuro todo grande anseio -
e o nome que trago no meu seio.

Um tal amor me agita e espanta
até ver a lágrima muito amorosa
cair também da Mater dolorosa!*
 
Silvia Regina Costa Lima