A LÁGRIMA
Quem dera acender minha vida
numa estrela de variadas pontas,
e como num desses 'faz-de-contas',
eu me sentisse sua amada querida.
Em uma prece já bem conhecida,
no rolar do tato das doces contas,
as minhas mãos escorregam tontas
- em um belo rosário sem medida.
Junto à suave imagem da Santa,
eu murmuro todo grande anseio -
e o nome que trago no meu seio.
Um tal amor me agita e espanta
até ver a lágrima muito amorosa
cair também da Mater dolorosa!*
Silvia Regina Costa Lima