sábado, 6 de fevereiro de 2016

LONGE DE TI




LONGE DE TI 


 Os meus dias tristonhos vão chegando,
Sem brilho e sem candor, com nostalgia,
Porque eu a toda a hora vou lembrando
Aquele doce amor que me sorria.
 
A vida magoa a magoa se gastando,
Depois da noite agreste a manhã fria,
Tão pouco dos meus sonhos vai sobrando
E tudo vai morrendo dia a dia.
 
No reino da saudade vivo agora,
Pois é ela que me abraça e que me adora,
Está sempre feliz junto de mim.
 
Contudo é só minha esta aflição,
Sofrendo o meu pobre coração,
Nas malhas da paixão que não tem fim!
 
Abílio Ferradeira de Brito