TEMPO DE INOCÊNCIA
E a correr pelos campos verdejantes,
vem a luz do sol matinal (me abraça)
dourando todos os trigos ondulantes,
numa cor de ouro sem nenhuma jaça.
Os meus olhos são feito dois mirantes
ou um farol aceso que a tudo devassa,
e lembra-me das paisagens distantes:
uma casa... a rua... crianças na praça.
Uma ternura doce, de beleza infinita,
enlaça minha alma que, ali, se agita
- inebriada por um deleite profundo.
E esqueço a crise (dores da vivência)
voltando ao meu tempo de inocência -
na linda manhã que ilumina o mundo!
Silvia Regina Costa Lima