Arte de Rubens Gerchman
NOITE DE PRIMAVERA
Vem a noite no arvoredo
Trás o aroma das plantas.
Vêm as estrelas a medo,
Devagar tornam-se tantas!
Foste entrando na floresta
Caminhaste até á velha tília
Doirada por ramos de giesta,
Que aí estavam de vigília!
Colocaste-te sob as folhas
Perto dessa fonte adorada;
A água ao cair fazia bolhas!
Depois de beijos abraçados
Tua fronte acabou deitada
No meu ombro, olhos fechados!
Alfredo Costa Pereira