sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

NUVENS ALTAS



NUVENS ALTAS


Nuvens altas, prenhes, cinzentas,
Entristecem, o céu velho e eterno.
Desfiguradas, tristes, pardacentas
Choram sobre, o meu ser terreno.

E, as lágrimas por elas choradas
Quando caem, leves sobre mim.
São por velhos anjos abençoadas
E deixam-me neste êxtase assim.

Gotas de água dum céu sublime
Esse perfume destilado nos céus 
Liquido purificado que me redime

Quando me perco nos olhos teus
Essa ilusão humana que define,
O sonho que me leva até Deus.

© Joaquim Jorge de Oliveira