sábado, 5 de setembro de 2015

AMOR LADRÃO


Imagem - Google 


AMOR LADRÃO


Entraste lentamente no meu peito,
Pé ante pé, como um ladrão qualquer,
Sem que pudesse ouvir ou perceber,
Que o coração roubavas desse jeito!

Nos teus olhos fiquei parado ao ver,
Que estava hipnotizado, com efeito,
Qual cobra olhando a presa no seu leito,
Esperando a hora certa de a comer…

Foi tal a sedução, tal a surpresa,
De tanto amor, de chama tão acesa,
Que frágil me senti debilitado…

Eram gavinhas com que me prendeste,
As palavras mimadas que disseste,
No teu melado jeito apaixonado!...

José Manuel Cabrita Neves