POEMA
Sou o teu respirar, o teu sentir.
Sou o teu desabafo angustiado…
Sou aquele momento apaixonado,
Sou lágrima na hora de partir…
Sou lágrima na hora de partir…
Sou às vezes canção, às vezes fado.
Sou coração cansado de carpir.
Sou às vezes verdades a fingir,
Sou a alegria extrema se animado…
Sou a palavra amor, adocicada,
Composta em versos e metrificada,
A relatar histórias de afecto…
Posso ser livre ou ser sujeito a rima,
Em que uma certa música me anima,
Como é o caso aqui deste soneto!...
José Manuel Cabrita Neves