quinta-feira, 17 de setembro de 2015

MANDEI A SAUDADE EMBORA




" MANDEI A SAUDADE EMBORA "


Mandei a saudade bem longe de mim,
Mas de olhos fechados, pois não a quis ver,
Desfez-se num pranto e todo o meu ser,
Chorou de saudade, julguei ser o fim.

Dei-lhe liberdade, não quis ir embora,
Deixou-se ficar, de mim não saiu,
Bem acomodada, ficou, não partiu,
Está dentro do peito, se eu choro, ela chora.

Maldita saudade que tomou raizes,
Trazendo à lembrança meus dias felizes,
Tudo o que resta do tempo passado.

Arroga-se amante, quer ser companheira,
A todo o instante se ergue altaneira,
E até já me chama de seu namorado.

Abílio Ferradeira de Brito