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" MEU RIO SEM FOZ "
É força que se agita no meu peito,
Que nunca esmorece e vai em frente,
É ânsia desmedida, em tom fermente,
Aquem eu dou de mim sem preconceito.
É garra bem adunca que a preceito,
Dilacera o meu tempo de ser gente,
Esta vontade louca, que pressente
Que bem podia ser de um melhor jeito.
É querer que cresceu dentro de mim,
Encheu-se de mil flores, qual jardim,
A onde esvoaçam mariposas.
Qual mar é tutelar deste meu rio?
Que lança minha vida em desvario
E nunca foi pra mim um mar de rosas!
Abílio Ferradeira de Brito