sexta-feira, 31 de outubro de 2014

NOS TEMPOS QUE JÁ LA VÃO


“NOS TEMPOS QUE JÁ LA VÃO”


Conheci um dia um caminheiro idoso
Que o suor e o pó cobriram de sarro.
Numa fonte, de uma ânfora de barro,
Ele bebeu água com demora e gozo!

Neste escaldante mês de Outubro,
Feliz da gente que vive nos montes;
Tem ao seu dispor, em verde rubro,
A água das cisternas e das fontes.

No largo tanque aonde o gado vem,
Curvou-se depois, e lavou também
As mãos nodosas e o cavado rosto.

Bebeu ao sol nascente e ao sol-posto.
E tomando o cajado para se ir embora: 
“Que a paz esteja contigo a toda a hora”

Alfredo Costa Pereira