domingo, 14 de junho de 2015

ANTIGA DESILUSÃO


“ANTIGA DESILUSÃO”


Na sala de estar mesmo junto ao fogão
Onde arderam velhas fotos amorosas
Ainda lembro as chamas caprichosas
Como se visse arder o meu coração!

No meu olhar já não há lugar a perdão
Para quem tantas mágoas desditosas
Me deu, em juras falsas e enganosas
As quais eram a minha única ilusão!

Drama mudo o meu, possa entende-lo
Quem pelo mal de amor sofreu um dia,
E nele achou muita tristeza e pesadelo,

Porque tarde viu o engano em que vivia!
Foi ao florir dos raios de neve no cabelo
Que reparei que a minha vida anoitecia!

Alfredo Costa Pereira