sexta-feira, 26 de junho de 2015

PINHÕES COM PÃO


PINHÕES COM PÃO


Hoje fui caminhar sem um destino,
Por atalhos e veredas de um pinhal…
E o cheiro do ar puro era tal,
Que me senti nos tempos de menino!

Quando descalço ,entre o matagal,
No meio daquele aroma campesino,
A pele escura do sol, um ar franzino,
A trepar os pinheiros, sem igual…

Sentia ter o mundo ali à mão,
Ao retirar das pinhas o pinhão,
Cujo sabor não dá para explicar…

A minha irmã comia-os com pão,
Revelando-me um dia em confissão,
Que assim eles sabiam a casar!…

José Manuel Cabrita Neves