AURORA
Alvores de outra aurora, amanhecer,
Que bem se mostra além fazendo a ponte,
Rumores de mais vida pra viver
Sem mácula, nem nada que a afronte.
São matizes de um novo alvorecer,
Que assoma de mansinho sobre o monte,
Mais um dia que já se deixa ver,
Não tarda por ai, no horizonte.
E neste movimento natural,
Os dias se repetem, sempre igual,
A vida vai nascendo com a aurora.
Balouçar desta bola colorida,
Que vai alimentando toda a vida
Que nasce pra morrer a toda a hora.
Abílio Ferradeira de Brito