Aguarela de Bruno Braddell
ABRIMOS UM AO OUTRO O CORAÇÃO
Ao longe, os sobreiros silenciosos
Absorviam o luar com todo carinho,
Enquanto em giros belos, graciosos
As estrelas trocavam de caminho.
O vento cantava baixinho, virtuoso,
Deixando as sinfonias pelos beirais;
Nossos corações não dormiam mais
Imersos num amor doce e mavioso.
E a Lua não nos dava outra solução,
Senão à luz do seu luar que seduzia,
Abrirmos um ao outro o coração…
Com o vento a trovar outra canção,
Quando lá ao longe a Lua se sumia,
Enfim, o teu primeiro beijo recebia!
Alfredo Costa Pereira