domingo, 19 de julho de 2015

CAMÉLIA SOLITÁRIA


 

CAMÉLIA SOLITÁRIA


Eu implorei ao céu muitos sóis
e a amena claridade da manhã;
também, no meu veemente afã,
roguei pelo canto de rouxinóis.

Sonhei com campo de girassóis,
na vivenda onde fosse a castelã
e imaginei acordar, cada manhã,
na maciez dos teus alvos lençóis.

Alma e mente jazem entreabertas
e se ainda não foram descobertas,
são terras agrestes, mas formosas.

Eu sigo silenciosa igual ao voo de ave
que planasse leve em um jardim suave;
e feito camélia solitária entre as rosas.

Silvia Regina Costa Lima