O SONHO DO SONETO
Sonhei-me numa ponte sem saída
Rodeada pela terra e pelo mar
Com um horizonte para desbravar
E uma alma imensa muito retraída.
Ingénuo peregrino de partida
No tremular da luz a despertar
Pressenti minhas asas fraquejar
Neste destino exposto à minha vida.
Solicitei à musa o seu favor
E aos meus sentidos outras emoções
Destilando um prazer e um vigor.
Envolto na volúpia das paixões
Meus versos renasceram com fulgor
Fazendo-me acalmar as convulsões.
E eis-me aqui Soneto renovado
Num oceano com novas dimensões
E um outro poema agora sublimado!
Frassino Machado