“UM CHORO DE AMOR
FICOU CONTIDO”
Pedi-te um beijo, num dia.
Concedeste-mo, sorrindo;
Lá nos céus, Marte nascia,
E o luar singelo ia subindo!
A brisa leve refrescava o ar
Do rio, onde coaxavam rãs;
Ao longe, uma luz a navegar;
Eu trincava uma das maçãs.
Talvez, quem sabe? O amor
Tivesse nessa noite nascido,
Ao depor um beijo em ti, flor!
Quando a outra maçã te dei
E no teu regaço a coloquei,
Um choro de amor ficou contido!
Alfredo Costa Pereira