quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O TEMPO

O TEMPO



O tempo que não tem princípio e fim,
Assiste a ver passar cada segundo,
No carcomido banco de um jardim,
Olhando na distância o fim do mundo…

Deixou pelo caminho algo de mim,
Desse eu que em mim existe e em mim abundo…
Mistura de diabo e querubim,
Um pobre aristocrata vagabundo…

Passou por mim, nos sonhos de criança,
Que apenas foram sonhos, foram esperança!
De quem ingenuamente acreditou…

Deixou marcas nas mãos e no meu rosto!
Foi alegria, lágrima e desgosto…
Foi tempo desta vida que passou!

José Manuel Cabrita Neves