terça-feira, 2 de setembro de 2014

TEMPOS DE POBREZA NO MEIO DA RIQUEZA


“TEMPOS DE POBREZA

NO MEIO DA RIQUEZA”


No fim de um breve sonho,
Senti-me triste e presumo,
Voar, como trapo tristonho,
Floco de neve ou de fumo!

É que esta cidade maldita,
Consegue dançar de prazer
No meio de gente que tirita
E que nada tem para comer!

Ando até perto das cortinas.
Vejo a chuva cair na vidraça,
Em brincos de pedras finas.

Olho, frio, para quem passa;
E quantas vidas de mendigo, 
Vão à chuva, e sem abrigo!

Alfredo Costa Pereira