domingo, 20 de abril de 2014

Meu verso, Meu berço, MEU POEMA


Meu verso, Meu berço, 

MEU POEMA


No dorso das palavras eu me deito
Co 'a febre de encontrar meu berço antigo
No âmago dos verbos me deleito,
Da força desses versos é que vivo.

É nesse meu caminho curto, estreito,
Que o jogo das palavras é mais vivo
Palavras arrancadas do meu peito
Em versos com sentido, sem sentido.

E neste caminhar, verso após verso,
Palavra após palavra, salto o berço
E lanço para a vida o meu clamor.

Os versos são crianças que, geradas
De frases, sensações acarinhadas,
Transformam as palavras em amor.

José Sepúlveda