sábado, 26 de abril de 2014

QUANDO PARTIR


QUANDO PARTIR


Quando partir serei o pensamento!
A palavra sentida, o livro aberto…
A alma, o coração, o sentimento!
As mágoas que vivi, de mim tão perto…

Nos meus versos de dor e sofrimento,
Pregação da justiça no deserto…
Aos homens peço mais discernimento:
Que saibam distinguir errado e certo!…

Também deixo palavras de esperança,
Aos pobres deserdados pela sorte,
Vidas sombrias faltas de bonança…

Deixo a minha paixão que reconforte:
A quem fizer de mim uma lembrança,
A quem me dê mais vida além da morte!...

José Manuel Cabrita Neves