AMOR IMAGINADO
Descanso o meu olhar no infinito,
Como que a procurar a solução,
Para reanimar um coração,
Que definhava em lágrimas aflito…
Era tanta por ti a admiração!
Que definhava em lágrimas aflito…
Era tanta por ti a admiração!
Tanto querer-te em abafado grito,
Que contar-te a verdade premedito,
Qual criança que sofre ouvindo o não…
Com este amor imenso o ermo habito,
Mantendo no segredo a emoção,
Deste sentir intenso em que levito!
És por enquanto a imaginação!
Mas hás-de ser real, eu acredito,
Que vens realizar esta paixão!...
José Manuel Cabrita Neves