Fotografia da revista “Times”
“DESPEDIDA”
São sempre custosas as despedidas,
Sorriam contudo, os olhos nossos.
Sim, porque no coração ficam retidas
Desolações e mágoas, entre soluços!
Que ficando lá no fundo adormecidas,
Acordam com um canto em alvoroço:
É o canto das saudades já esquecidas
Que reaparece se recordo teu esboço!
Ressurja! Porque havemos de matá-la,
Se a saudade é murmúrio que nos fala
Dos tempos tão felizes que passaram!?
Se vivemos o encanto dos tempos idos,
Nunca os podemos deixar esquecidos,
Como se lembram os que se amaram!
Alfredo Costa Pereira