CAIXA DE MEMÓRIAS
Abri a minha caixa de memórias,
Cheia de pó no sótão esquecida…
Sorri ao recordar as velhas glórias!
Chorei lembrando as mágoas duma vida…
São fotos e papéis que contam histórias,
Com cheiro a madeira carcomida…
Imagens de odiosas palmatórias,
Dilacerando a frágil mão estendida…
Revivi alegrias e tristezas!
Efémeras paixões, doces momentos…
Lutas por ideais contra vilezas!
Vejo sair da caixa alguns fragmentos,
Dos dias esperançados d’incertezas,
Que a vida vai marcando em desalentos!...
José Manuel Cabrita Neves