Pintura de Vicente Romero Redondo
“NÃO TENS COMPARAÇÃO”
Á medida que o sol descia no Ocidente
No ocaso, fitamo-nos, mulher amada;
Devagar e em silêncio, quando te beijava,
Lágrimas de amor rolavam, frente a frente!
A que hei-de comparar condignamente
Lágrimas de amor rolavam, frente a frente!
A que hei-de comparar condignamente
O palminho amoroso da tua cara?!
É vê-lo uma só vez, e logo a minha mente,
Ainda quente, a tantas coisas o compara!...
Talvez a uma pintura de rósea madrugada,
Num quadro bem pintado e com mestria.
É o nascer de um novo dia, é uma alvorada;
A tua harmoniosa face que me dá vida,
Tem uma tal doçura, emana tanta alegria
Que só a Arte se compara, minha querida!
Alfredo Costa Pereira