segunda-feira, 19 de maio de 2014

CELEIRO DO POVO



CELEIRO DO POVO


Saudoso percorro o Alentejo,
Entre lírios, papoilas, margaridas,
Misto de cores suaves e garridas,
Que a Primavera mostra em seu cortejo!

Pergunto p’las searas que eram tidas,
Como o “celeiro do povo” e não as vejo!
Campos ao abandono como brejo,
São agora as paisagens repetidas…

Procuro nas memórias do olhar,
Onde se viam verdes os trigais,
Nas espigas ao vento a ondular…

Ervas daninhas há cada vez mais!…
É preciso e urgente as arrancar,
Para darem lugar aos cereais!

José Manuel Cabrita Neves