quinta-feira, 8 de maio de 2014

FALSO AMOR




FALSO AMOR


Depois do que senti, quando partiste,
Depois de magoado, este meu peito,
Fiquei a matutar nesse teu jeito,
Sem remorso do estado em que me viste…

O nosso compromisso, com efeito,
Ao primeiro contratempo não resiste!
Acreditei de mais, hoje estou triste,
Olhando pró vazio do nosso leito…

Quando se ama mesmo, a gente insiste,
Tentando perdoar algum defeito…
Entendendo a razão que ao outro assiste…

Hoje percebo tudo mais direito,
Com palavrinhas mansas me mentiste!
Foste um sonho de amor ora desfeito…

José Manuel Cabrita Neves