domingo, 27 de julho de 2014

O MALMEQUER


O MALMEQUER


Porque ambos um dia nos cruzámos,
Num daqueles acasos que há na vida,
De olhar embevecido ali ficámos,
Com a voz embargada e constrangida…

O que então não dissemos mas pensámos,
Com a alma a sorrir, agradecida!
Sem dizer nada o tanto que falámos! 
Na voz do coração, enternecida…

Subia aos nossos rostos um rubor!
Sentia-mos no corpo um estremecer
E um certo sentir provocador…

Um fogo se acabava de acender,
Que no dizer dos olhos era amor
E que se confirmou num malmequer!...

José Manuel Cabrita Neves