“POEMA DE AMOR”
Sentei-me naquela rocha distante,
A ouvir o lamento do imenso mar;
E senti-me naquele breve instante,
Uma pena escrevendo sem pensar,
Devagar, um belo poema de amor!
Bebendo a sede desse mar imenso,
Inspirava-me nesse rochedo denso;
E o carinho dava ao poema o calor.
Envolvido pela bruma dos sentidos,
Senti em mim um amor a crescer,
Onde assenta todo o meu querer!
Olhando o mar vazando sem parar,
Eu vi o passado passando, a chegar;
Vi sonhos que pensei já terem idos!
Alfredo Costa Pereira