“OS NOSSOS BEIJOS”
Natureza: conta-me todos os teus segredos,
Porque já não entendo a voz dos arvoredos,
Esqueci-me onde os pardais faziam o ninho
Porque já não entendo a voz dos arvoredos,
Esqueci-me onde os pardais faziam o ninho
E também não me recorda aquele caminho,
Que terminava num lago grande, simpático,
Onde vivia um belo cisne branco e extático.
Embora grande, mostrava a leveza singular
De uma pena a voar, de um sonho a flutuar.
Onde vivia um belo cisne branco e extático.
Embora grande, mostrava a leveza singular
De uma pena a voar, de um sonho a flutuar.
Natureza: conta-me agora, os teus desejos:
“Desejava tornar ouvir um rumor de beijos
Sobre a erva macia dos campos e relvados,
“Desejava tornar ouvir um rumor de beijos
Sobre a erva macia dos campos e relvados,
Onde se beijavam uns pares de namorados.
E tenho ainda o desejo de, vestida de seda,
Ver-vos a beijar sob a glicínia da alameda.”
E tenho ainda o desejo de, vestida de seda,
Ver-vos a beijar sob a glicínia da alameda.”
Alfredo Costa Pereira