MADRUGADAS
O denegrir das doces madrugadas,
Pela inocente e pura adolescência,
Pela inocente e pura adolescência,
Que perde na bebida a consciência,
E os pulmões em estranhas baforadas…
Alguns olhares mortiços de dormência,
Com todas as tristezas libertadas
E todas as questões solucionadas,
Na ilusória acção da inconsciência…
O álcool e o fumo de mãos dadas,
Vão arrastando os corpos na falência
Que deambulam, quais almas penadas…
Há sempre quem ofereça uma experiência,
Quando a bebida ri às gargalhadas
E a nossa mente é só obediência!...
José Manuel Cabrita Neves