ROSA DOS VENTOS
No começo, eu não tinha medo,
havia tempo e sempre era cedo.
Eu nem precisava me proteger,
havia outro modo de a tudo ver.
Hoje tudo parece um arremedo,
Eu nem precisava me proteger,
havia outro modo de a tudo ver.
Hoje tudo parece um arremedo,
erguer o nariz... apontar o dedo
- virou um salva-se-quem-puder.
E a vida? Um eterno malmequer.
No princípio, eu não me escondia,
brincava, corria, sorria... até ria,
uma menina com mil sentimentos.
Agora, eu não sei mais da aurora
e tudo o que eu quis já foi embora,
girando tal e qual rosa dos ventos.
Silvia Regina Costa Lima