quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O CIÚME E A INVEJA


O CIÚME E A INVEJA


Quando as lágrimas brotam em cascata,
De uns olhos doces plenos de ternura,
Há uma dor imensa, uma amargura,
Que no peito se aloja e se dilata…

Há uma voz magoada que murmura,
Lamentos de uma vida assaz ingrata,
Onde é vil a maldade e coisa abstracta,
Denegrindo a imagem da candura…

O ciúme nascido da inveja,
É como o lobo em pele de cordeiro,
Que a inocente vítima fareja…

Com pés de lã avança sorrateiro,
E como quem não quer o que deseja,
Vai entrando no próprio galinheiro!...

José Manuel Cabrita Neves